Jesus
é o bom pastor e deu a sua vida pela Igreja, Ele amou a sua Igreja (Jo 3.16; Ef
5.25; Jo 17.17).
A
Igreja de Cristo é vista através de um ramo da teologia chamada de eclesiologia
que é o estudo referente às coisas da igreja – eklesia: chamados para fora... Do
Egito... Do mundo; reunião ou ajuntamento daqueles que foram retirados do
pecado. A Igreja é:
Ø Comunidade
de cristãos que se reúnem em uma casa (Cl 4.15);
Ø Comunidade
de cristãos que se reúnem em uma cidade, igreja local (At 11.22);
Ø Uma
ou várias comunidades de cristãos, uma assembleia de pessoas chamadas povo de
Deus (Hb 2.12; At 9.31);
Ø Comunidade
de cristãos no sentido mais amplo, de todo aquele por quem Cristo morreu (Ef
5.25).
A
expressão igreja remete à criação, no Éden com Adão e Eva, e avança até a volta
de Jesus. A igreja primitiva começa abrir um espaço entre a sociedade e mesmo
sofrendo perseguições impõe sua presença como comunidade cristã, e na sequencia
os Pais da igreja vivenciam também essa expansão. Por volta de 312 d.C.
Constantino (272-337) institucionaliza a igreja centralizando o poder ao Estado
e afastando o propósito central da fé cristã. Com a Reforma Protestante em 517,
este vínculo entre igreja e estado é quebrado e os reformadores fazem voltar ao
propósito original das Escrituras mostrando que somente Cristo é o mediador e
senhor, cabeça da igreja universal, invisível, formada por santos salvos e da igreja
local, visível, formada por salvos e não salvos.
Perante
a Reforma ambas são instituições divinas: Igreja e Estado. O Estado, então,
possui algumas responsabilidades, ou seja:
Ø Proteger
o serviço externo de Deus (a igreja visível);
Ø Defender
o sadio ensino da piedade e a condição da igreja;
Ø Regular
as nossas vidas para a sociedade humana;
Ø Moldar
a nossa moral para a justiça civil;
Ø Reconciliar-nos
uns com os outros;
Ø Fomentar
a paz e a tranquilidade comum.
Por
outro lado a igreja local possui responsabilidades sociais:
Ø Didática:
instruções públicas e particulares de pastores e mestres em orientar os fiéis
ao ensino bíblico relativo aos bens que a igreja possui (mordomia cristã),
instruir quanto o valor do trabalho e do descanso e no exercício do ministério
que a igreja deve ter, como disciplinar os membros faltosos;
Ø Política:
através da oração (At 4. 23 a 31);
Ø Social:
A própria Reforma Protestante (escolas, saneamento, educação).
As
qualidades das igrejas locais as distinguem das demais, são também chamados de
os atributos da igreja, são eles:
Ø Unidade:
interna e espiritual através da fé que ligam os membros a Deus (Ef 4);
Ø Santidade:
um processo de formação do caráter humano ao caráter de Deus através de Cristo
(I Pe 1.15; 3. 15). Esta santidade não tem nada a ver com o comportamento
intelectual ou ritualístico, mas tem a ver com a obra realizada pelo Espírito
Santo (I Co 6. 19 e 20; I Ts 4. 3 a 8; II Ts 2.13). A santidade conduz a
perfeição (Ef 1.4; Fl 1.1);
Ø Catolicidade:
Essa palavra remete a ‘universal’, por toda a parte da terra, nação, povo. Na
antiga aliança o povo pertencia a Israel (Is 6.1). Se o próprio Israel não
tivesse rejeitado a Cristo a salvação não viria aos gentios, pois estes só
poderiam tornar-se filhos de Deus se converter-se ao judaísmo e a circuncisão,
porém, através da nova aliança Cristo alcança os gentios (At 1.8; 7.9; Mc
16.15; Gl 3. 27 e 28; Ap 5.9);
Ø Apostolocidade:
É apostólica pois é fundamentada na doutrina dos apóstolos (Ef 2.20) e a
fidelidade com a sua doutrina (I Co 3. 10 e 11), visto que os apóstolos
testemunharam a obra vicária de Cristo (At 1.22; 3.6; 9.15) e foram os
instrumentos inspirados por Deus para compilação do Novo Testamento (II Pe 1.20
a 21). Este último atributo, devido a sua diversidade não é muito explorado
pelos teólogos.
A
igreja visível se constitui por denominações e várias comunidades locais de
crentes; nenhuma é perfeita, porém, a igreja cristã verdadeira possui
principais marcas que a identificam e a colocam em destaque, são elas:
Ø A
correta pregação da Palavra de Deus: As igrejas liberais pregam que a Bíblia
contém a Palavra de Deus, contudo, erradamente; quando se faz corretamente o
uso da pregação é porque há uma crença na inspiração e inerrância da Bíblia (I
Tm 3.16; II Pe 1.20 e 21), crença no poder de salvação efetuado pela Bíblia (II
Tm 3. 14 a 16; Rm 1.16; 10.17) e crença na utilidade plena da Bíblia (Sl 24; II
Tm 3.16 e 17; Jo 17.17; Rm 15.4);
Ø A
correta administração dos sacramentos: Batismo (marca visível de pertencimento
à nova aliança e juramento de fidelidade a Cristo até a morte e a santa ceia
que o crente reafirma este juramento quando participa dela);
Ø A
correta administração da disciplina ou o fiel exercício da disciplina: Onde não
há disciplina até os verdadeiros crentes tendem a se corromper. O apóstolo Paulo
ordena exercer a disciplina eclesiástica (I Co 5.1 a 5, 13). Uma igreja não é
verdadeira se negar a disciplina.
Existem também propósitos
para o que a igreja existe, são eles:
Ø A
igreja existe para glorificar a Deus (Sl 96.7 e 8; Gn 1.26 ao 28; Sl 8.5;
Ø A
igreja existe para espalhar o Reino de Deus (I Co 15.24 a 28; Mt 16.18; At
26.17 e 18);
Ø A
igreja existe para fazer discípulos (Mt 28.19);
Ø A
igreja é o agente transformador da sociedade (Mt 5.13 a 16; Fl 2.5; Ap 7).
A
Igreja invisível, formada por todos os salvos ao redor do mundo compartilham e
vivem todas essas fases e formas em que a Eclesiologia explica e afirma, por isso, convém
ser membro apto desse corpo místico o qual Cristo Jesus é o cabeça.
(Adaptado das aulas de Eclesiologia do STPN)
(Adaptado das aulas de Eclesiologia do STPN)
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