O batismo é um dos dois
sacramentos admitido pelo sistema protestante doutrinário e ele é a marca
visível do pertencimento à nova aliança e é um juramento de fidelidade até a
morte do cristão. Já a Ceia do Senhor é o memorial onde o cristão reafirma o
juramento ao participar dela. As igrejas Reformadas salientam a prioridade da
Palavra de Deus, ao contrário do Catolicismo Romano, que parte do pressuposto
que os sacramentos contêm tudo que é necessário para salvação dos pecadores
tornando a Palavra de Deus totalmente supérflua. Alguns Luteranos argumentam
que uma graça específica, diferente da que é produzida pela Palavra é
transmitida pelos sacramentos, pensamento negado universalmente pelos
Reformados.
Na igreja primitiva a palavra sacramento era empregada
primeiramente para denotar todas as espécies de doutrinas e ordenanças, razão
pelas quais alguns preferiam optar pelo uso de sinais ou mistérios, e tanto
Calvino como Lutero chamavam a atenção para o fato de a palavra sacramento não
estar sendo empregado em seu sentido original na teologia.
Existem três partes nos sacramentos: um elemento material
e palpável aos sentidos, a matéria (graça) interna dos sacramentos e a união
sacramental entre o sinal e o seu significado, ou seja, sua essência. Os
católicos romanos afirmam que os sacramentos são extremamente necessários para
todos, enquanto os protestantes ensinam que os sacramentos não são
absolutamente importantes para a salvação (os sacramentos não originam a fé, e
a Escritura menciona unicamente a fé como condição instrumental da salvação:
João 5, 24; Atos 16, 31), mas obrigatórios em vista do preceito divino, ou
seja, sua negligência voluntária acarreta empobrecimento espiritual. Outra
observação importante é que o Catolicismo Romano adotam nos totais sete
sacramentos, cinco a mais dos estudados nesta pesquisa.
Fonte: BERKHOF, Louis. Teologia
Sistemática. Editora Cultura Cristã, com adaptações.
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