A teologia de Daniel é
vista como um contraste dos reinos sucessivos da raça humana, onde o reino de
Deus triunfará no final, destarte o próprio profeta olha além da catástrofe da
queda de Jerusalém para adiante no reino eterno por Deus prometido; este sonho
do rei Nabucodonosor é a base para esta profecia; ele, o rei, descreve a imagem
de uma estátua colossal composta por quatro metais sobrepostos um sobre o
outro, cada um com valor inferior ao anterior e é destruída pela “Pedra
Angular” em Isaías 28, 16 (KAISER, 2007).
Durante
o período de exílio dos judeus na Babilônia, o profeta Daniel foi introduzido
na história como estadista e profeta; provavelmente foi levado para este
cativeiro em 605 a. C. ainda adolescente, porém as Sagradas Escrituras
demonstram que sua passagem naquela nação estrangeira não retiraria o propósito
de Deus em sua vida. O texto em apreço explica um dos importantes momentos em
que Daniel interpreta um sonho do rei Nabucodonosor e que profeticamente
servirá para o futuro na história das nações envolvidas. A afinidade entre a
religião e a política fez com que Daniel se destacasse entre os seus. No sonho o rei Nabucodonosor via uma
estátua cuja cabeça era de ouro, com peito e os braços de prata, com coxas de
bronze, com as pernas de ferro e com os artelhos de ferro misturados com o
barro; no sonho a imagem é atingida nos pés por uma pedra, destruindo-a
totalmente.
Representando o império babilônico, Nabucodonosor era a
cabeça de ouro (605-539 a. C.), onde após sua morte o seu reino foi sucumbido.
O peito e braços de prata, como reino menor (Dn. 2; 32) seria o império
medo-persa dominado por Ciro (539 a. C.) e em sequência surgiria o reino
simbolizado pelos gregos fundado por Alexandre Magno (330 a. C.) representando
o ventre e coxas de cobre. O quarto reino, forte como o ferro (Dn. 2; 33)
representaria o império Romano em 67 a. C. e dominou o mundo de forma
espantosa. Por fim os reinos representados pelo ferro e pelo barro nos pés da
estátua provavelmente ressurgiram sob a queda do império romano, com durações
diferentes, tendo em vista, ser uma mistura de nações e que podem inclusive
apontar para o futuro antes da volta de Cristo. A pedra cortada representa
realmente o reino de Deus, estabelecido por Jesus (Ap. 21; 1) e durará para
sempre (2 Pe. 3; 10 a 13).
Esse
reino de Cristo é descrito no Novo Testamento: Lucas 1; 32 e 33 e abre as
portas não só para judeus, mas principalmente para os gentios. Cristo em seu
ministério terreno fala abertamente sobre seu reino que não terá fim, mas
haverá perpetuidade e sobre Seu domínio as nações da terra se curvarão perante
Ele, mas, existe unanimidade em afirmar um Daniel do sexto século e sua
pregação profética é dirigida à nação de Israel, onde basicamente em todo o AT
Javé é a esperança do homem! (WOLFF, 2007).
Autor: George Leite Frexeira
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