domingo, 25 de maio de 2014

O Sonho Profético de Nabucodonosor e a sua Interpretação por Daniel (Daniel 2; 27 ao 44)

          A teologia de Daniel é vista como um contraste dos reinos sucessivos da raça humana, onde o reino de Deus triunfará no final, destarte o próprio profeta olha além da catástrofe da queda de Jerusalém para adiante no reino eterno por Deus prometido; este sonho do rei Nabucodonosor é a base para esta profecia; ele, o rei, descreve a imagem de uma estátua colossal composta por quatro metais sobrepostos um sobre o outro, cada um com valor inferior ao anterior e é destruída pela “Pedra Angular” em Isaías 28, 16 (KAISER, 2007).
Durante o período de exílio dos judeus na Babilônia, o profeta Daniel foi introduzido na história como estadista e profeta; provavelmente foi levado para este cativeiro em 605 a. C. ainda adolescente, porém as Sagradas Escrituras demonstram que sua passagem naquela nação estrangeira não retiraria o propósito de Deus em sua vida. O texto em apreço explica um dos importantes momentos em que Daniel interpreta um sonho do rei Nabucodonosor e que profeticamente servirá para o futuro na história das nações envolvidas. A afinidade entre a religião e a política fez com que Daniel se destacasse entre os seus.       No sonho o rei Nabucodonosor via uma estátua cuja cabeça era de ouro, com peito e os braços de prata, com coxas de bronze, com as pernas de ferro e com os artelhos de ferro misturados com o barro; no sonho a imagem é atingida nos pés por uma pedra, destruindo-a totalmente.
            Representando o império babilônico, Nabucodonosor era a cabeça de ouro (605-539 a. C.), onde após sua morte o seu reino foi sucumbido. O peito e braços de prata, como reino menor (Dn. 2; 32) seria o império medo-persa dominado por Ciro (539 a. C.) e em sequência surgiria o reino simbolizado pelos gregos fundado por Alexandre Magno (330 a. C.) representando o ventre e coxas de cobre. O quarto reino, forte como o ferro (Dn. 2; 33) representaria o império Romano em 67 a. C. e dominou o mundo de forma espantosa. Por fim os reinos representados pelo ferro e pelo barro nos pés da estátua provavelmente ressurgiram sob a queda do império romano, com durações diferentes, tendo em vista, ser uma mistura de nações e que podem inclusive apontar para o futuro antes da volta de Cristo. A pedra cortada representa realmente o reino de Deus, estabelecido por Jesus (Ap. 21; 1) e durará para sempre (2 Pe. 3; 10 a 13).

Esse reino de Cristo é descrito no Novo Testamento: Lucas 1; 32 e 33 e abre as portas não só para judeus, mas principalmente para os gentios. Cristo em seu ministério terreno fala abertamente sobre seu reino que não terá fim, mas haverá perpetuidade e sobre Seu domínio as nações da terra se curvarão perante Ele, mas, existe unanimidade em afirmar um Daniel do sexto século e sua pregação profética é dirigida à nação de Israel, onde basicamente em todo o AT Javé é a esperança do homem! (WOLFF, 2007).

Autor: George Leite Frexeira

Nenhum comentário:

Postar um comentário