domingo, 25 de maio de 2014

A Restauração de um Remanescente Redimido (Isaías 43, 1 a 28)

                Fica notório o propósito do profeta Isaías nesta passagem bíblica através de sua mensagem, pois, ele confrontava a nação Israelita com a Palavra do Senhor mostrando-lhes os seus erros, contudo, neste contexto, o profeta abre um espaço para mostrar que há um remanescente redimido em Israel e profetiza esperança a uma geração futura que seria restaurada do cativeiro (Is. 43,19). Esta é uma das nove mensagens dispostas em três grupos dos nove capítulos que vão dos 40 aos 66 que se aproxima a uma declaração sistemática da teologia do AT, assim como a mensagem messiânica no livro de Romanos no NT (KAISER, 2007).
            Deus através do profeta expressa seu amor a Israel e relembra as promessas passadas e que aconteceriam aos filhos de Deus, mediante a fé e os ajuntaria novamente como nação para efetuar o propósito divino (Is. 43,5). É evidente que o texto é dirigido à nação Israel como uma profecia da libertação deste povo do cativeiro Babilônico (Is. 43; 14). Israel estava à mercê desta poderosa nação e embora ainda espiritualmente cega (Is. 43; 8). Deus reservava um futuro de redenção para eles. Israel louvaria novamente o seu Deus em uma nova época de perdão, bênção e arrependimento (Is. 43; 25), pois, neste período em que o profeta Isaías escreveu Judá ainda não havia se humilhado perante o Senhor e o povo continuava no pecado (Is. 43; 24) e este seria um dos últimos alertas com respeito à restauração, caso não aceitassem seu final seria a miséria e o escárnio (Is. 43; 28). “Ainda nos dias áureos do poder assírio, Isaías predisse o cativeiro babilônico para Judá setenta e cinco anos antes dos dias da supremacia babilônica” (SCHULTZ, 2009, p. 364).
            Nesse período Isaías, já nos anos finais de seu ministério se preocupou com a necessidade do povo que havia sido exilado na Babilônia e que a existência nacional de Judá terminaria. O livramento e a posterior restauração são completados com a profecia da chegada de Ciro (Is. 44; 28). O povo, na qualidade de cativos, aguardava ajuda, e tinham consciência do seu passado pecaminoso diante da realidade e exposição que viviam no exílio e responderiam positivamente mediante o encorajamento consolador e a inspiração de fé do profeta Isaías. Apesar do sofrimento na Babilônia, Israel é consolado e garantido seu perdão pelos seus pecados como preparação para a revelação da glória de Deus, que será para toda a humanidade, quando Deus instalar seu Governo através de Cristo, pois Deus conhece a todos, tanto judeus quanto gentios e diante das dificuldades seremos vitoriosos, e diante das nossas transgressões, ao arrependermo-nos, seremos novamente restaurados.

            O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos trata da eleição de Israel no passado, de sua rejeição a Cristo no presente, e da salvação futura (Rm. 9; 6 a 8). A promessa de Deus a Abraão e à nação de Israel permanecerá, pois sua rejeição ao Evangelho é apenas parcial e temporária. O propósito de Deus é, através de sua misericórdia, incluir no seu reino tanto judeus como gentios desde que creiam através de Jesus Cristo.

Autor: George Leite Frexeira

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