Fica notório o
propósito do profeta Isaías nesta passagem bíblica através de sua mensagem,
pois, ele confrontava a nação Israelita com a Palavra do Senhor mostrando-lhes
os seus erros, contudo, neste contexto, o profeta abre um espaço para mostrar
que há um remanescente redimido em Israel e profetiza esperança a uma geração
futura que seria restaurada do cativeiro (Is. 43,19). Esta é uma das nove
mensagens dispostas em três grupos dos nove capítulos que vão dos 40 aos 66 que
se aproxima a uma declaração sistemática da teologia do AT, assim como a
mensagem messiânica no livro de Romanos no NT (KAISER, 2007).
Deus através do profeta expressa seu amor a Israel e
relembra as promessas passadas e que aconteceriam aos filhos de Deus, mediante
a fé e os ajuntaria novamente como nação para efetuar o propósito divino (Is.
43,5). É evidente que o texto é dirigido à nação Israel como uma profecia da
libertação deste povo do cativeiro Babilônico (Is. 43; 14). Israel estava à
mercê desta poderosa nação e embora ainda espiritualmente cega (Is. 43; 8).
Deus reservava um futuro de redenção para eles. Israel louvaria novamente o seu
Deus em uma nova época de perdão, bênção e arrependimento (Is. 43; 25), pois,
neste período em que o profeta Isaías escreveu Judá ainda não havia se
humilhado perante o Senhor e o povo continuava no pecado (Is. 43; 24) e este
seria um dos últimos alertas com respeito à restauração, caso não aceitassem
seu final seria a miséria e o escárnio (Is. 43; 28). “Ainda nos dias áureos do
poder assírio, Isaías predisse o cativeiro babilônico para Judá setenta e cinco
anos antes dos dias da supremacia babilônica” (SCHULTZ, 2009, p. 364).
Nesse período Isaías, já nos anos finais de seu
ministério se preocupou com a necessidade do povo que havia sido exilado na
Babilônia e que a existência nacional de Judá terminaria. O livramento e a
posterior restauração são completados com a profecia da chegada de Ciro (Is.
44; 28). O povo, na qualidade de cativos, aguardava ajuda, e tinham consciência
do seu passado pecaminoso diante da realidade e exposição que viviam no exílio
e responderiam positivamente mediante o encorajamento consolador e a inspiração
de fé do profeta Isaías. Apesar do sofrimento na Babilônia, Israel é consolado
e garantido seu perdão pelos seus pecados como preparação para a revelação da
glória de Deus, que será para toda a humanidade, quando Deus instalar seu
Governo através de Cristo, pois Deus conhece a todos, tanto judeus quanto
gentios e diante das dificuldades seremos vitoriosos, e diante das nossas
transgressões, ao arrependermo-nos, seremos novamente restaurados.
O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos trata da eleição
de Israel no passado, de sua rejeição a Cristo no presente, e da salvação
futura (Rm. 9; 6 a 8). A promessa de Deus a Abraão e à nação de Israel
permanecerá, pois sua rejeição ao Evangelho é apenas parcial e temporária. O
propósito de Deus é, através de sua misericórdia, incluir no seu reino tanto
judeus como gentios desde que creiam através de Jesus Cristo.
Autor: George Leite Frexeira
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