segunda-feira, 26 de maio de 2014

Você sabe qual a influência da Reforma?






A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão culminado no início do século XVI por Martinho Lutero, quando através da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517 na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana, propondo uma reforma no catolicismo romano. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas. Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.

(Recuperado do site <http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante> Acesso em: 26 de maio de 2014).

domingo, 25 de maio de 2014

Não pode faltar na biblioteca de todo estudante de teologia!

Uma coleção com mais de 8.000 artigos sobre Bíblia, Teologia e Filosofia.


Uma das obras de maior abrangência e profundidade da cultura cristã, em que o leitor tem acesso a informações arqueológicas e históricas pesquisadas e dispostas de maneira a agilizar a consulta por assunto.
Russell Norman Champlin

O Sonho Profético de Nabucodonosor e a sua Interpretação por Daniel (Daniel 2; 27 ao 44)

          A teologia de Daniel é vista como um contraste dos reinos sucessivos da raça humana, onde o reino de Deus triunfará no final, destarte o próprio profeta olha além da catástrofe da queda de Jerusalém para adiante no reino eterno por Deus prometido; este sonho do rei Nabucodonosor é a base para esta profecia; ele, o rei, descreve a imagem de uma estátua colossal composta por quatro metais sobrepostos um sobre o outro, cada um com valor inferior ao anterior e é destruída pela “Pedra Angular” em Isaías 28, 16 (KAISER, 2007).
Durante o período de exílio dos judeus na Babilônia, o profeta Daniel foi introduzido na história como estadista e profeta; provavelmente foi levado para este cativeiro em 605 a. C. ainda adolescente, porém as Sagradas Escrituras demonstram que sua passagem naquela nação estrangeira não retiraria o propósito de Deus em sua vida. O texto em apreço explica um dos importantes momentos em que Daniel interpreta um sonho do rei Nabucodonosor e que profeticamente servirá para o futuro na história das nações envolvidas. A afinidade entre a religião e a política fez com que Daniel se destacasse entre os seus.       No sonho o rei Nabucodonosor via uma estátua cuja cabeça era de ouro, com peito e os braços de prata, com coxas de bronze, com as pernas de ferro e com os artelhos de ferro misturados com o barro; no sonho a imagem é atingida nos pés por uma pedra, destruindo-a totalmente.
            Representando o império babilônico, Nabucodonosor era a cabeça de ouro (605-539 a. C.), onde após sua morte o seu reino foi sucumbido. O peito e braços de prata, como reino menor (Dn. 2; 32) seria o império medo-persa dominado por Ciro (539 a. C.) e em sequência surgiria o reino simbolizado pelos gregos fundado por Alexandre Magno (330 a. C.) representando o ventre e coxas de cobre. O quarto reino, forte como o ferro (Dn. 2; 33) representaria o império Romano em 67 a. C. e dominou o mundo de forma espantosa. Por fim os reinos representados pelo ferro e pelo barro nos pés da estátua provavelmente ressurgiram sob a queda do império romano, com durações diferentes, tendo em vista, ser uma mistura de nações e que podem inclusive apontar para o futuro antes da volta de Cristo. A pedra cortada representa realmente o reino de Deus, estabelecido por Jesus (Ap. 21; 1) e durará para sempre (2 Pe. 3; 10 a 13).

Esse reino de Cristo é descrito no Novo Testamento: Lucas 1; 32 e 33 e abre as portas não só para judeus, mas principalmente para os gentios. Cristo em seu ministério terreno fala abertamente sobre seu reino que não terá fim, mas haverá perpetuidade e sobre Seu domínio as nações da terra se curvarão perante Ele, mas, existe unanimidade em afirmar um Daniel do sexto século e sua pregação profética é dirigida à nação de Israel, onde basicamente em todo o AT Javé é a esperança do homem! (WOLFF, 2007).

Autor: George Leite Frexeira

Recomendo a leitura, uma obra excelente!

Assembleia de Deus: ministérios, carisma e exercício de poder



Marina Correa
São Paulo: Fonte Editorial, 2013
Sinopse: Nada mais distante da realidade do já centenário movimento pentecostal assembleiano no Brasil do que uma imagem de unidade, de idênticas características, de uma identidade singular. Este livro trata das complexidades, do pluralismo interno, dos interesses divergentes, dos traços singulares que cercam uma “nebulosa assembleiana”, formada por centenas de ministérios, mais de 12 milhões de fiéis, várias convenções, que competem entre si pelo controle dos mitos fundantes, pela reprodução de uma história considerada comum, mas, enquadrados dentro de uma “lógica” que procura dividir internamente, mas sem revelar os mecanismos de poder, que produzem conflitos e cisões, contínua e crescentemente. O texto de Marina Correa ajuda o leitor a desvendar parte do aparente intrincado universo das Igrejas das Assembleias de Deus brasileiras.

Os Sacramentos: Batismo e Ceia do Senhor; Divergências em Relação à sua Aplicação Protestante e Católica Romana

             O batismo é um dos dois sacramentos admitido pelo sistema protestante doutrinário e ele é a marca visível do pertencimento à nova aliança e é um juramento de fidelidade até a morte do cristão. Já a Ceia do Senhor é o memorial onde o cristão reafirma o juramento ao participar dela. As igrejas Reformadas salientam a prioridade da Palavra de Deus, ao contrário do Catolicismo Romano, que parte do pressuposto que os sacramentos contêm tudo que é necessário para salvação dos pecadores tornando a Palavra de Deus totalmente supérflua. Alguns Luteranos argumentam que uma graça específica, diferente da que é produzida pela Palavra é transmitida pelos sacramentos, pensamento negado universalmente pelos Reformados.
          Na igreja primitiva a palavra sacramento era empregada primeiramente para denotar todas as espécies de doutrinas e ordenanças, razão pelas quais alguns preferiam optar pelo uso de sinais ou mistérios, e tanto Calvino como Lutero chamavam a atenção para o fato de a palavra sacramento não estar sendo empregado em seu sentido original na teologia.
            Existem três partes nos sacramentos: um elemento material e palpável aos sentidos, a matéria (graça) interna dos sacramentos e a união sacramental entre o sinal e o seu significado, ou seja, sua essência. Os católicos romanos afirmam que os sacramentos são extremamente necessários para todos, enquanto os protestantes ensinam que os sacramentos não são absolutamente importantes para a salvação (os sacramentos não originam a fé, e a Escritura menciona unicamente a fé como condição instrumental da salvação: João 5, 24; Atos 16, 31), mas obrigatórios em vista do preceito divino, ou seja, sua negligência voluntária acarreta empobrecimento espiritual. Outra observação importante é que o Catolicismo Romano adotam nos totais sete sacramentos, cinco a mais dos estudados nesta pesquisa.


Fonte: BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã, com adaptações.

A Restauração de um Remanescente Redimido (Isaías 43, 1 a 28)

                Fica notório o propósito do profeta Isaías nesta passagem bíblica através de sua mensagem, pois, ele confrontava a nação Israelita com a Palavra do Senhor mostrando-lhes os seus erros, contudo, neste contexto, o profeta abre um espaço para mostrar que há um remanescente redimido em Israel e profetiza esperança a uma geração futura que seria restaurada do cativeiro (Is. 43,19). Esta é uma das nove mensagens dispostas em três grupos dos nove capítulos que vão dos 40 aos 66 que se aproxima a uma declaração sistemática da teologia do AT, assim como a mensagem messiânica no livro de Romanos no NT (KAISER, 2007).
            Deus através do profeta expressa seu amor a Israel e relembra as promessas passadas e que aconteceriam aos filhos de Deus, mediante a fé e os ajuntaria novamente como nação para efetuar o propósito divino (Is. 43,5). É evidente que o texto é dirigido à nação Israel como uma profecia da libertação deste povo do cativeiro Babilônico (Is. 43; 14). Israel estava à mercê desta poderosa nação e embora ainda espiritualmente cega (Is. 43; 8). Deus reservava um futuro de redenção para eles. Israel louvaria novamente o seu Deus em uma nova época de perdão, bênção e arrependimento (Is. 43; 25), pois, neste período em que o profeta Isaías escreveu Judá ainda não havia se humilhado perante o Senhor e o povo continuava no pecado (Is. 43; 24) e este seria um dos últimos alertas com respeito à restauração, caso não aceitassem seu final seria a miséria e o escárnio (Is. 43; 28). “Ainda nos dias áureos do poder assírio, Isaías predisse o cativeiro babilônico para Judá setenta e cinco anos antes dos dias da supremacia babilônica” (SCHULTZ, 2009, p. 364).
            Nesse período Isaías, já nos anos finais de seu ministério se preocupou com a necessidade do povo que havia sido exilado na Babilônia e que a existência nacional de Judá terminaria. O livramento e a posterior restauração são completados com a profecia da chegada de Ciro (Is. 44; 28). O povo, na qualidade de cativos, aguardava ajuda, e tinham consciência do seu passado pecaminoso diante da realidade e exposição que viviam no exílio e responderiam positivamente mediante o encorajamento consolador e a inspiração de fé do profeta Isaías. Apesar do sofrimento na Babilônia, Israel é consolado e garantido seu perdão pelos seus pecados como preparação para a revelação da glória de Deus, que será para toda a humanidade, quando Deus instalar seu Governo através de Cristo, pois Deus conhece a todos, tanto judeus quanto gentios e diante das dificuldades seremos vitoriosos, e diante das nossas transgressões, ao arrependermo-nos, seremos novamente restaurados.

            O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos trata da eleição de Israel no passado, de sua rejeição a Cristo no presente, e da salvação futura (Rm. 9; 6 a 8). A promessa de Deus a Abraão e à nação de Israel permanecerá, pois sua rejeição ao Evangelho é apenas parcial e temporária. O propósito de Deus é, através de sua misericórdia, incluir no seu reino tanto judeus como gentios desde que creiam através de Jesus Cristo.

Autor: George Leite Frexeira

sábado, 24 de maio de 2014

Sistemas de Governo Eclesiástico Conforme Russell Norman Champlin, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia



Sistemas de Governo Eclesiástico que não levam em conta o senhorio de Cristo conforme os moldes teocráticos do Novo Testamento desmerecem os ministérios básicos em Efésios 4, 11 e 12 (“E ele deu uns para apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, para a preparação dos santos, para a obra do ministério, para construção do corpo de Cristo”). A igreja primitiva achava-se em um estado espiritual ideal; com o desaparecimento dos apóstolos e de todo um ministério levantado pelo Espírito Santo, esta igreja entrou em uma decadência espiritual, por isso a intervenção divina é necessária, mesmo antes, no Antigo Testamento (Jeremias 23, 4: “Levantarei sobre elas pastores, que irão apascentá-las. E não mais temerão e nem se espantarão, e nem uma delas faltará, disse o Senhor”).
            Os tipos de Governo Eclesiástico descritos por Champlin são Episcopal, Congregacional e Presbiteriano; cada um deles também possuem pontos que assumem rejeição diante da crítica teológica, são eles:
Governo Eclesiástico Episcopal:
Ø  Percebe-se nas páginas do Novo Testamento que os títulos bispos, pastores e anciãos são intercambiáveis, ou seja, duas ou mais coisas podem ser usadas alternadamente com o mesmo propósito sem que o resultado seja alterado, pelo que não se deve pensar em uma hierarquia em relação aos três títulos e nem em relação aos demais ministérios: apóstolos, profetas e evangelistas, mas complementares, onde a autoridade de um permuta a do outro e vice-e-versa;
Ø  A sucessão apostólica não é uma doutrina bíblica, pois sacerdotes tidos como intermediários entre Deus e os homens é visto erroneamente (I Timóteo 2, 5: “Pois há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens: Um homem Jesus Cristo, [...]”);
Ø  Outro problema seria o fato das igrejas locais que não tinham origem apostólica e não poderem exercer a autoridade episcopal;
Ø  Quando se observa certas citações extraídas do Didaquê conclui-se que elas refletem muito mais uma situação de Governo Congregacional do que Episcopal.

Governo Eclesiástico Presbiteriano:
Ø  Ainda que no Novo Testamento os presbíteros estejam decidindo as coisas sem o voto da congregação os apóstolos estão também envolvidos, direcionando para o Governo Episcopal, assim, como muitas coisas eram resolvidas pelo voto da maioria de cada igreja local (Mateus 18, 15 ao 17: “ora, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste teu irmão. Se não te ouvir, porém, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda questão seja decidida pela palavra de duas ou três testemunhas. Caso não lhe der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja der ouvido, trata-o como gentio ou cobrador de impostos”);
Ø  Apesar de intercambiáveis os termos presbíteros e bispos nos dias apostólicos existem evidências de que alguns presbíteros funcionavam como bispos (Tito 1, 5: “Por esta causa te deixei em Creta, para que colocasses em ordem o que falta, e que em cada cidade, constituísses presbíteros, como te ordenei: [...]”).
Governo Eclesiástico Congregacional:
Ø  Apesar de Atos capítulo primeiro ( título do texto: Matias substitui a Judas) demonstrar que certas coisas eram realizadas mediante o voto da congregação, outros trechos, como Atos 15, 1: (“Os apóstolos e os anciãos se reuniam para examinar a questão”), mostram que coisas importantes eram resolvidas por decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros;
Ø  Mesmo havendo no corpo místico, o qual Cristo é a cabeça, todos os crentes desempenhando o papel de um em Cristo, contudo há diferentes funções de autoridade hierárquica no Governo Congregacional, pois, eles, os apóstolos, tinham autoridade sobre os crentes (Atos capítulo cinco e I Coríntios 5, 5) e eram os alicerces da igreja primitiva (Efésios 2, 20: “Edificados sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra de esquina; [...]”);
Ø  O Governo Eclesiástico Congregacional é tendencioso à fragmentação e contínua divisão, pois não possui um governo centralizado, mas cada igreja local pode facilmente se desligar por completo de sua Convenção;
Ø  A aplicação do princípio democrático era limitada; como exemplo, a disciplina;
Ø  Mesmo no Didaquê havendo citações do modelo Congregacional de Governo há evidências também que o modelo Episcopal predominava.
Diante deste exposto o que realmente importa é se Cristo está podendo governar ou não as igrejas locais com a mesma liberdade e senhorio com que exercia durante a igreja primitiva? Com esse questionamento traça-se assim um perfil onde apontará para as principais marcas de uma igreja cristã verdadeira.

Autor: George Frexeia